Abri a porta e lá estão eles, trepando como dois cães no cio. Não percebem minha presença, nem a de todos meus convidados atrás de mim. Estão de costas, aproveitando aquele momento sublime deles. Não dá nem dez segundos e ele goza, e na cara dela. Deviam estar fazendo isto já faz um tempo, ou deram um novo entendimento, mais ao pé da letra, do termo “rapidinha”. Cretina!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Me sinto afogado em suas lágrimas
E vale frisar o seguinte: suas lágrimas
Sua dor me consome, me machuca, me puni
E vale frisar o seguinte: sua dor
Este sentimento católico de culpa, motivo de eu, por tanto tempo, ter sido punido a seu favor, renegado minha vida como indivíduo em prol de “nossa” vida como um todo, me destruiu por muitos anos. Tornei-me um mero casco sem conteúdo. Um fantasma moribundo, sem rumo nem esperanças de um dia encontrar um fim.
Chega de sofrimento
De dor sem real causa, de angústia por sua causa
Não mais minha vida será conduzida por suas amarguras
E assim viverei, finalmente
É verdade que um dia me ajudou, mas em troca me cobrou servidão às tuas tristezas. E por quê deveria servi à tua dor quando a tua ajuda nada mais foi do que um ato de auto-afirmação, afim de torna-se para si próprio um herói íntegro, o que na verdade você nunca foi e, da maneira que continua a ser, nunca será. Me ajudou para se ajudar, e quer me cobrar minha vida como tributo? Burro fui eu quando aceitei esta oferta, quando achei que lhe devia alguma coisa pois esta culpa, virtual que apenas ela, me compelia a tal raciocínio ilógico e incoerente com nossa auto-preservação.
Morre de vez, minha algoz
Sinta a tua dor, amargura as tuas lágrimas
Atrofie seu espírito e torne-se uma folha seca e quebrada
A imagem perfeita para sua vida nula e nem por ti governada
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