terça-feira, 5 de outubro de 2010

            Sentei sobre o peito dele e comecei a socar seu rosto. Em fúria, descontrolado e longe do ser racional que um dia fui. Cada vez mais seu rosto se deformava e após um tempo de tanta violêcia, a cada erguida de mão que eu dava, afim de acerta-lo mais uma vez, e nais uma e mais uma, seu sangue, já expesso por não mais ser um sangue superficial, de pele, vinha junto ao meu punho, formando fios e mais fios de seu sangue vermelho escarlate. A cada soco seo sangue jorrava e mim. Em meu rosto, em meu peito, manchando minha camisa rosa clara e a gravata de seda, levemente cinza, com pequeninos detalhes rosa claros, tudo dando por ele, dias atrás. A camisa ficoi digna de um quadro de Pollock...linda finalmente. Então recobro minha consxiêencia e para para admirar o resultado de minha terapia. Agaixo meu tronco e com meus lábios toc o ouvido ele:
            - Então, eu acho que não te amo!
            Dou um leve e irônico sorriso, me levanto do que mais parece uma carcaça sem um rosto formado, cuspo no que lhe resta da face eu vou-me embora, finalmente leve, finalmete livre, finalmente homem...finalmente Eu. Então acordo, contente e com aquele mesmo sorriso leve e irônico do qual contei. Viro-mepara o lado, ainda sorrindo, mas agora um sorriso de sublime alegria, seguido de gargalhadas deliciosas, e em alto e bom som eu grito:
            - Obrigado, natureza a qual clamo, com os pulmões e explosão, fazer parte. O brigado por me fazer Homem. Obrigado, Freud!

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